terça-feira, 24 de novembro de 2009

Aumento da tarifa do transporte público em São Paulo

POR UM TRANSPORTE PÚBLICO DE VERDADE:

NÃO ACEITE O AUMENTO DA TARIFA E
VENHA PARA A RUA SE MANIFESTAR!


Recentemente o prefeito Gilberto Kassab começou a declarar na televisão, no

rádio e para os diversos jornais que o aumento da tarifa dos ônibus é algo

inevitável. Ao que tudo indica isto foi aceito pelos meios de comunica ção

que se preocupam agora apenas em es pecular qual será o novo valor, previsto

para janeiro de 2010, algo entre R$ 2,50 e 2,80.


Mas e quem pega ônibus todo dia? Não tem nada a dizer sobre isto? Te

perguntaram al guma coisa? Acha natural que o ônibus au mente? Também acha

que é inevitável?


Todo ano lemos nos jornais que os em presários pressionam a prefeitura para

aumentar as passagens, para que possam continuar a lucrar. Cada um desses

aumen tos faz com que milhares de pessoas não possam usar os ônibus por não

ter dinheiro para pagar a tarifa. Se o transporte é um direito do cidadão,

não pode ser pensado en quanto lucro das empresas, mas sim como uma

necessidade básica da população. Se ir e vir é um direito, o ônibus não

deveria sequer ter tarifa.


Eles tentam nos convencer que é impossível barrar o aumento justamente porque

eles sabem que nós podemos evitá-lo. Aconte ceu em Florianópolis e em

Vitória em 2005, quando a população dessas cidades barrou aumentos de

tarifa. Em 2006, em São Paulo, mais de 2 mil pessoas saíram às ruas contra o

aumento. É isto que as autoridades querem evitar, mas não vão!


O governo e a prefeitura investem na cons-trução de pontes, túneis e na

ampliação da Marginal, o que só beneficia os carros par ticulares. E

direciona os investimentos em transporte coletivo não para os interesses do

conjunto da população, mas apenas para algumas áreas da cidade: das muitas

obras que serão construídas na cidade, por conta da Copa de 2014, grande

parte está dire cionada para a região sudoeste, com duas linhas de metrô

(Linha 4-Vila Sônia e Linha 17-Morumbi). As linhas prometidas para as outras

regiões da cidade, como a Zona Leste, além de serem de uma qualidade inferior

ao metrô (um sistema de monotrilho), têm pra zos maiores de entrega e ainda

estão em projeto. A verdade é que o poder público nos entende apenas como

trabalhadores que têm que chegar aos seus locais de trabalho e não como

pessoas com o direito de se movimen tar pela cidade. Enquanto isso continuar,

va mos seguir espremidos nos ônibus e metrôs, pagando cada vez mais caro por

isso. Lutar contra o aumento é um primeiro passo para dizer que não aceitamos

essa situação.

O conjunto da população pode e vai barrar este aumento!

Ato contra o aumento: quinta-feira 26/11

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